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Prefeitura de SP constrói muro de 40 metros de extensão e confina Cracolândia

  • Foto do escritor: Nova Regional FM
    Nova Regional FM
  • 15 de jan.
  • 2 min de leitura

A prefeitura diz que o muro busca melhorar o atendimento a usuários, garantir segurança e facilitar o trânsito de veículos. Coletivo Craco Resiste afirma que o muro cria um 'campo de concentração de usuários'

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A Prefeitura de São Paulo construiu um muro na Cracolândia, no Centro da cidade, para delimitar uma área e confinar os usuários de drogas. A construção, de cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, fica na Rua General Couto Magalhães, na região da Santa Ifigênia, perto da estação da Luz.

Os usuários, agora, se aglomeram atrás do muro, em uma área que também é cercada com gradis pela gestão municipal, na Rua dos Protestantes. Os gradis vão até a Rua dos Gusmões.

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A prefeitura argumenta que a construção, dentre outras medidas, ocorreu para melhorar o atendimento dos usuários, garantir mais segurança para as equipes de saúde e assistência social e facilitar o trânsito de veículos na região. A administração municipal diz ainda que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve redução, na média, de 73,14% de pessoas no local (leia mais abaixo).


Ativista fala em 'campo de concentração de usuários'


Para um representante do coletivo Craco Resiste, no entanto, o muro fecha "um triângulo no fluxo" e cria um "campo de concentração de usuários".


Com o muro e os gradis, a região vira um triângulo cercado. Em tese, os usuários são livres para sair e entrar no local, mas, segundo ativistas, são direcionados pelos guardas civis sempre para a mesma área.

Para entrar no cerco, eles passam por revistas, que seriam para retirar coisas ilícitas, segundo ativistas.

Para Roberta Costa, da Craco Resiste, o muro foi levantado para manter os usuários no espaço e "cobrir" a visão da Cracolândia para quem passa de carro pela Rua General Couto Magalhães.

"A gente vive hoje na cidade uma cena absurda e bizarra de violência contra as pessoas que estão desprotegidas socialmente. É uma coisa que não vem de agora, já faz muitos anos que o poder público viola essas pessoas", critica.

Na avaliação dela, a situação só piorou. "O que a gente viu acontecer no ano passado está num nível muito bizarro, que, inclusive, parece visualmente um campo de concentração", diz.


 
 
 

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