Aprovação de Lula volta a descolar da reprovação: 54% e 43%, diz Quaest
O trabalho do presidente Lula (PT) é aprovado por 54% dos eleitores e reprovado por 43%, aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (10). Outros 4% não sabem ou não responderam. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
O resultado indica que a aprovação voltou a se descolar da reprovação. Em maio, os percentuais eram de 50% e 47%, o que indicava empate técnico entre os dois indicadores.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos. O intervalo de confiança é de 95%.
Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, destacou quais grupos influenciaram significativamente na melhora da avaliação do trabalho do presidente. Segundo ele, o desempenho foi puxado pelo grupo que tem renda familiar de até 2 salários mínimos, mas houve melhora na aprovação também entre mulheres e evangélicos.
"Embora seja impossível determinar uma única razão para o crescimento na aprovação do governo, a melhora na percepção da economia entre os mais pobres sugere que uma parte da explicação possa estar aí", diz.
Segundo ele, o que reforça essa tese é o fato de que a economia está perdendo protagonismo como o principal problema do país. "De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo", completa.
Avaliação por grupos
A aprovação de Lula entre os eleitores com renda familiar de até 2 salários mínimos de 62% para 69% e a reprovação, de 35% para 26% - a margem de erro nesse grupo é de 4 pontos percentuais. Com o movimento, o presidente passou a ter uma aprovação 43 pontos maior que a reprovação - a maior vantagem desde o início do mandato.
No eleitorado evangélico, Lula continua mais reprovado que aprovado: 52% a 42%. A diferença de 10 pontos, entretanto, é a menor desde outubro de 2023 e está em tendência de queda desde fevereiro de 2024, quando a reprovação do presidente atingiu o ápice nesse grupo, com 62%, e a reprovação, o piso (35%). A margem de erro é de 4 pontos.
Entre os eleitores com ensino fundamental, a aprovação foi de 60% para 65% e a reprovação, de 37% para 30% (a margem de erro é de 4 pontos) - a diferença entre os dois indicadores em julho, de 35 pontos, é a 2ª maior desde o início do mandato.
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